Rota Fiergs: infraestrutura e logística são principais demandas da região

Rota Fiergs: infraestrutura e logística são principais demandas da região

Foto: Vinicius Becker (Diário)

Empresários de Santa Maria e da região estiveram reunidos, na quinta-feira (31), para acompanhar a edição do evento Rota da Indústria – Região Central, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Resolver gargalos logísticos, promover investimentos em infraestrutura e dar agilidade a projetos de dragagem de rios foram as principais demandas apresentadas no encontro, que contou, também, com a presença de representantes de sindicatos patronais, lideranças regionais e políticas, militares e integrantes do Sistema S.


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A iniciativa tinha por objetivo apontar as principais demandas e discutir os desafios enfrentados pela Região Central. Formada por 48 municípios, conforme divisão adotada pelo Sistema Fiergs, a área abriga cerca de 3,4 mil indústrias (6,5% das 52 mil empresas do setor no Rio Grande do Sul), empregando aproximadamente 35 mil pessoas.

 
Para o presidente da Fiergs, Claudio Bier, o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul só será pleno com crescimento equilibrado e integrado em todas as regiões.
– É com essa convicção que criamos o Rota Fiergs, uma iniciativa que promove a conexão entre o setor industrial e a sociedade. Hoje, reforçamos nossos laços com a Região Central, que abriga mais de 3 mil indústrias – enfatizou o empresário.


Interiorização
O vice-presidente regional da Fiergs na Região Central, Júlio Carlos Cardoso Kirchhof, destacou os principais desafios enfrentados pelas indústrias locais. Ele também destacou a urgência do investimento em infraestrutura. Apesar de representar 10,5% da população gaúcha, a região responde por apenas 4,2% dos empregos industriais.

 
– Um dos principais entraves é a deficiência em infraestrutura. Hoje, vamos de Porto Alegre a São Paulo em duas horas. Por outro lado, levamos de quatro a seis horas para percorrer os 300 quilômetros até a Capital devido às más condições das rodovias. Isso é algo que não podemos mais aceitar. Infraestrutura sempre virá à frente do desenvolvimento – contextualizou.

 
A construção civil é um dos principais segmentos da indústria em Santa Maria. Por isso, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Santa Maria (Sinduscon/SM), Samir Frazzon Samara, considerou acertiva a ação da Fiergs em se aproximar e identificar as necessidades regionais.

 
– Para nós, da construção civil, é importante apresentar as necessidades da região. Falta logística para ir à Capital, para ir até os grandes centros, como São Paulo. Isso está em falta aqui. E esse é um ponto que faz parte do custo e resulta em aumento de preços dos nossos produtos – destacou.

 
O prefeito Rodrigo Decimo (PSDB) ressaltou a diversidade do parque industrial de Santa Maria e os entraves causados por questões logísticas e de infraestrutura.

 
– Aqui, temos força na construção civil, metalmecânica, têxtil e em outros segmentos. Santa Maria quer desenvolver a indústria – destacou, apontando a necessidade de ligação ágil com outras regiões do Estado e do país.

As cinco prioridades elencadas

  • Apoio da Fiergs para viabilizar recursos, apoio institucional e informação de dados estatísticos de logística para o projeto de infraestrutura Titan da Universidade Federal de Santa Maria;
  • Articulação junto aos governos estadual e federal para resolução dos gargalos logísticos da Região Central, com a recuperação da ponte do Fandango, melhorias nas rodovias BR-158, RSC-287 e ERS-403 e desenvolvimento da malha ferroviária, assim como opções de transporte aéreo, gerando alternativas logísticas mais competitivas para as indústrias da região;
  • Viabilizar hub de inovação, por meio da aproximação da Fiergs com as universidades para o desenvolvimento de talentos, empreendedorismo e inovação em prol da indústria do Rio Grande do Sul;
  • Articular junto à Fepam e ao governo estadual para dar maior agilidade nos projetos de dragagem dos rios, viabilizando a operação de portos na região;
  • Promover a articulação de novos investimentos industriais da Região Central, viabilizando o beneficiamento de produtos e agregação de valor aos produtos exportados.


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